quinta-feira, 4 de junho de 2009

Favoritismo



Corinthians (SP) 0 x 0 Vasco (RJ)

A mídia especializada de uma maneira geral adora usar a palavra título deste post. Mas o futebol não segue em nada a lógica de nós pobres mortais. Nos confrontos de ontem na copa do Brasil, os dois favoritos se classificaram é verdade, mas a história das partidas mostra que não fora uma tarefa das mais simples.
No Pacaembu lotado de ontem a noite, o Vasco poderia ter colocado o favoritismo da equipe paulista abaixo e saído com a vaga para a decisão. A equipe carioca quase sempre esteve com as rédeas da partida e se tivesse saído vitorioso, não seria nenhuma injustiça.
Desde o começo da partida, as estratégias já pareciam definidas. Os cruzmaltinos partiam para cima e os corinthianos esperavam a chance de abrir o placar em contra-ataques que poderiam ter sido fulminantes se não fosse a exibição muito abaixo da média de Ronaldo.
As principais jogadas vascaínas tinham como denominador comum a direita, as investidas de Paulo Sérgio e Pimpão desmontavam toda a improvisação montada por Mano naquela faixa de campo.
A ausência de André Santos foi muito sentida. A equipe paulista perde muito poderio ofensivo e até defensivo, já que a não presença do último significa no dicionário corinthiano improvisação do útil Jorge Henrique, que fica sobrecarregado neste panorama.
A segunda etapa veio e com ela o ímpeto vascaíno só aumentou. O frio da noite paulista parecia servir de combustível e não tardou para que o time do herói português encurrala-se um timão que não contava mais com os contragolpes.
O Vasco assustava principalmente em jogadas aéreas, em uma delas, Gaciba não enxergou o agarrão de Chicão sobre Elton dentro da área, pênalti não visto e não marcado. Quase que no lance seguinte, Nílton desperdiçaria uma boa chance de cabeça após cobrança de escanteio efetuada por Ramon.
O Timão assustava raramente com Dentinho, que até obrigou o goleiro Fernando Prass a realizar algumas defesas. Mas este desenho de jogo era perigoso para a equipe paulista já que um golzinho apenas carioca e o sonho da final consecutiva iria pelo ralo.
O término do embate foi se aproximando, mas ainda haveria tempo de Élton perder uma boa oportunidade ao tentar dominar uma bola dentro da área que deveria ser cabeçeada. O Corinthians então tratou de cozinhar o Vasco até o fim e o resultado não mudara desde o apito inicial. Por um lado, um empate sem sabor para a equipe cruzmaltina, pelo outro o resultado que levaria o campeão paulista a sua segunda final consecutiva de copa do Brasil e a promessa de um confronto equilibrado contra o Internacional de Porto Alegre.



FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS (SP) 0 x 0 VASCO (RJ)

Corinthians

Felipe; Alessandro, William, Chicão e Diego; Cristian, Elias e Douglas (Wellington Saci); Jorge Henrique (Boquita), Ronaldo e Dentinho (Otacílio Neto)

Técnico: Mano Menezes

Vasco

Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vilson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton, Léo Lima (Fernandinho) e Carlos Alberto (Enrico); Elton e Rodrigo Pimpão (Edgar)

Técnico: Dorival Júnior

Cartões amarelos: Boquita, Chicão e Jorge Henrique (Corinthians);Gian, Vilson e Carlos Alberto (Vasco)

Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa-RS)Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Alessando Álvaro Rocha de Matos (Fifa-BA)


Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)

Data: 3 de junho de 2009, quarta-feira

Horário: 21h50 (de Brasília)



segunda-feira, 1 de junho de 2009

Império rubronegro



Favela, é festa na favela. E que festa! Na estréia de Adriano, a torcida Rubro-Negra prometeu e organizou um grande espetáculo para receber o Imperador em sua volta ao Maracanã com a camisa do Flamengo, e ela ficou ainda mais completa, claro, com a vitória em cima do Atlético-PR e ainda por cima com um gol do novo ídolo
Dentro de campo, com a bola rolando, os primeiros minutos foram dominados pelos ataques do Flamengo que apostava nas investidas dos seus laterais, tanto é que a primeira boa chance foi criada por Juan, após cruzamento, e concluída em uma cabeçada por Léo Moura, defendida com uma bela defesa do goleiro Vinícius. E era por meio desses cruzamentos que o time de Paraná levava os maiores perigos. Mais um cruzamento do ala esquerdo e dessa vez foi Adriano que conferiu, chegando perto de marcar seu primeiro gol em seu retorno.
É inegável que ele, mesmo não estando em sua melhor condição física, apresenta aquela presença de área que tanto faltava a equipe rubronegra, juntamente com seu porte físico e poder de finalização. O time paranaense marcava muito pelo meio e condicionava certa liberdade às laterais, principalmente ao seu lado direito, deixando um grande espaço para as freqüentes descidas de Juan.
Pela terceira vez o lateral flamenguista chega e cruza na direção do Imperador, mas antes da bola ir ao seu encontro, o zagueiro Antônio Carlos tenta cortar e acaba empurrando-a para as redes marcando contra. Com a vantagem no marcador, os Rubro-Negros diminuem o ritmo até o término do primeiro tempo.

A segunda etapa da partida não começou de maneira diferente. Motivados pela massa de mais de 70.000 pessoas presentes, logo no começo Léo Moura faz cruzamento da direita e de cabeça o camisa 29 confere a gol, explodindo de alegria os que esperavam ansiosos por este momento. Estava agora decretado o Império de Adriano ovacionado pelos gritos de seus súditos. Pelo lado do Furacão, quem procurava se destacar em momentos que levavam algum perigo a Bruno era Júlio dos Santos, juntamente com o bom lateral esquerdo Márcio Azevedo, que por sinal fez boa jogada e sofreu pênalti em lance duvidoso marcado pelo árbitro Leonardo Gaciba. Em cobrança com paradinha, Rafael Moura descontou. Mas o gol não foi um balde de água fria no ânimos dos cariocas, o Fla continuava atacando em alguns lances que assustavam a meta defendida por Vinícius. Na tentativa de mais um gol, o time de Geninho tentava de maneira confusa e desordenada o empate, mas a partida encerrou mesmo com o placar de 2x1, confirmando aos gritos de "O Imperador voltou" a vitória flamenguista, alcançando os 7 pontos e a 6º colocação contra apenas 1 conquistado pelo campeão paranaense que continua na zona de rebaixamento.




Ficha Técnica

Flamengo (RJ) 2 x 1 Atlético Paranaense (PR)

Flamengo

Bruno, Williams, Aírton e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura (Everton Silva), Toró (Wellington), Kléberson, Ibson e Juan; Emerson (Everton) e Adriano

Técnico: Cuca

Atlético Paranaense

Vinícius; Rhodolfo, Antonio Carlos e Chico; Raul (Manuel), Rafael Miranda (Wesley), Valencia, Julio dos Santos e Márcio Azevedo; Marcinho (Patrick) e Rafael Moura.

Técnico: Geninho

Gols:

Flamengo: Antônio Carlos (contra), aos 14 minutos do primeiro tempo e Adriano, a 1 minuto do segundo tempo

Atlético-PR: Rafael Moura, aos 24 minutos do segundo tempo

Cartões amarelos: Léo Moura e Everton Silva (Flamengo); Rhodolfo, Chico, Márcio Azevedo (Atlético-PR)

Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa-RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Paulo Ricardo Silva Conceição (RS)

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 31 de maio de 2009, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)

Escrito por: Renan Abib


sábado, 30 de maio de 2009

Ruim para os dois



Botafogo (RJ) 2 x 2 Sport (PE)

A partida realizada esta noite num sábado carioca terminou sem que houvesse um lado vitorioso. Para o alvinegro pior, jogando em casa com o apoio da torcida não conseguiu dobrar o forte sistema defensivo pernambucano, favorecido e muito, pelos gols cedidos em falhas da defesa carioca no início da partida.
O Bota até tentou ameaçar a meta do bom goleiro Magrão, mas invariavelmente tinha dificuldades para sair jogando já que o Sport só não marcava os zagueiros. Estes últimos ficavam incubidos da missão de armar as jogadas botafoguenses, tarefa que não os compete.
Numa das raras jogadas trabalhadas do primeiro tempo, Victor Simões fez uma tabelinha com Lúcio Flávio e quase abriu o placar. E essa foi a tônica do primeiro tempo, a equipe alvinegra esbarrava num forte sistema defensivo montado pelo estreante Levi Gomes que tinha nos pés de Wilson e Weldon a chance de até ampliar o placar num contragolpe rápido.
Ney resolveu mexer na equipe para o segundo tempo e as mudanças trouxeram ânimo para o time de General Severiano. A entrada de Léo Silva fez com que o alvinegro contasse com mais uma opção a não ser Fael que estava muito mal na partida.
O volume de jogo foi crescendo, mas o Fogão esbarrava em passes errados e jogadas mal construídas, principalmente por Alessandro pela direita que por certo já tivera atuações melhores.
Mas esse volume se transformaria em gol e numa boa jogada de Eduardo pela esquerda, Tony que entrou no intervalo completou sozinho para o fundo das redes. Era o álibi para a torcida apoiar ainda mais a equipe e acreditar no empate antes distante.
O time pernambucano fazia muitas faltas e colecionava cartões rapidamente, não tardando assim que algum jogador fosse excluído da partida. Então Hamílton ajudou os botafoguenses tomando seu segundo amarelo. Era a deixa para uma pressão que resultaria em boas defesas.
Mas Magrão não iria suportar as investidas cariocas por muito tempo e num escanteio batido por Lúcio Flávio o Bota finalmente alcançara a tão batalhada igualdade.
O empate deu uma injeção de ânimos a equipe botafoguense que seguiu pressionando, sem muito perigo é verdade, mas com o entusiasmo e o preparo físico de Thiaguinho pela direita. Nada que assustasse o melhor jogador da partida, Magrão. Não haveria então mais tempo para muita coisa mas no finzinho a equipe do Recife quase leva os 3 pontos em investidas consecutivas ao gol do goleiro uruguaio Castillo. Fim de jogo, uma sensação agridoce.




Ficha Técnica

Botafogo 2 x 2 Sport

Botafogo

Castillo; Leandro Guerreiro, Juninho e Teco (Léo Silva); Alessandro (Thiaguinho), Fahel, Túlio Souza (Tony), Lucio Flavio e Eduardo; Laio e Victor Simões.

Técnico: Ney Franco

Sport

Magrão; Igor, César, Durval e Dutra; Sandro Goiano (Eliseu), Hamílton, Luciano Henrique e Moacir (Juliano); Weldon (Dudé) e Wilson.

Técnico: Levi Gomes (interino)

Gols: Tony, aos 15’/2T (Botafogo); Wilson, aos 7’/1T, Weldon, aos 20’/1T (Sport)

Cartões amarelos: Teco, Lúcio Flávio, Juninho, Fahel e Thiaguinho (Botafogo); Moacir, Magrão e Juliano (Sport)

Cartão vermelho: Hamilton (Sport)

Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro - RJ
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas – BA
Público: 8.555 pagantes
Renda: R$ 100.785,50



quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tudo Igual


Vasco (RJ) 1 x 1 Corinthians (SP)

O empate de ontem a noite no Maracanã dentre os vários possíveis foi o mais justo. Dois tempos distintos, um gol em cada etapa e a igualdade ao término. O confronto entre paulistas e cariocas segue indefinido e um dos finalistas da copa do Brasil será conhecido na próxima quarta em São Paulo.
O Vasco começou tentando impor uma pressão inicial no timão, mas pouco ameaçava a meta de Felipe. Ficava mais com a bola, mas isso não é sinônimo de melhores chances. O Corinthians por sua vez era mais preciso e não demorou para que criasse a primeira chance clara de gol mal concluída por Dentinho.
E essa acabou sendo a tônica do primeiro tempo, até que num erro de posicionamento da zaga vascaína após belo passe de Jorge Henrique, Dentinho e Souza entraram juntos e o primeiro abriu a contagem para delírio dos corinthianos. Com a vantagem do gol, o time paulista começou a comandar o jogo. O time do herói português continuava ameaçando pouco e Rodrigo Pimpão e sua velocidade se tornariam a principal arma ofensiva dos cariocas. A ausência de Carlos Alberto foi claramente sentida, o meia, apesar de temperamental tem muito talento e preocupa a marcação adversária quase a todo instante. Nem a volta de Jeférson foi capaz de suprir sua ausência.
O Vasco da primeira etapa atacava com pouca gente, defendia mal e usava pouco suas alas, deixando sempre espaço nas costas da sua dupla de zagueiros. Mudam-se os lados e a postura das equipes, e com 4' Dorival Júnior promove logo duas alterações . As entradas de Matheus e Enrico encobriram os espaços deixados no meio na etapa anterior e não demorou para que o time da cruz de malta chegasse com perigo. Aos 6' Élton perde uma chance incrível cara a cara com Felipe.
O lance parece ter acordado o time da cruz de malta que empurrado pelos mais de 72 mil presentes na noite de ontem encurralava o Corinthians em seu próprio campo. Essa situação se tornou insustentável aos 19' quando Pimpão ou William , após belo passe de Élton empurra a pelota para dentro do gol de Felipe.
A partir daí oque se viu foi o time paulista valorizando o resultado conseguido a duras penas na casa do adversário e os cariocas tentando, sem causar muito perigo a Felipe. Haveria tempo ainda para mais uma chance perdida, desta vez o corinthiano Elias (melhor do corinthians em campo) perdeu uma chance claríssima que significaria à aquela altura uma ducha de água fria nos ânimos luso-brasileiros. No fim das contas o justo aconteceu.


Ficha Técnica

Vasco (RJ) 1 x1 Corinthians (SP)

Vasco

Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton (Mateus), Léo Lima e Jeferson (Enrico); Rodrigo Pimpão (Edgar) e Elton

Técnico: Dorival Júnior

Corinthians

Felipe, Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias e Douglas; Jorge Henrique (Morais), Dentinho (Boquita) e Souza (Otacílio Neto)

Técnico: Mano Menezes

Gols: Dentinho, aos 29 minutos do primeiro tempo; Rodrigo Pimpão, aos 19 minutos do segundo tempo

Cartões amarelos: Vílson e Léo Lima (Vasco); Elias (Corinthians)

Estádio:
Maracanã Data: 27/05/2009 Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR) Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemir Hausmann (RS) Renda: R$ 1.389.015,50 Público: 68.299 pagantes