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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tudo Igual


Vasco (RJ) 1 x 1 Corinthians (SP)

O empate de ontem a noite no Maracanã dentre os vários possíveis foi o mais justo. Dois tempos distintos, um gol em cada etapa e a igualdade ao término. O confronto entre paulistas e cariocas segue indefinido e um dos finalistas da copa do Brasil será conhecido na próxima quarta em São Paulo.
O Vasco começou tentando impor uma pressão inicial no timão, mas pouco ameaçava a meta de Felipe. Ficava mais com a bola, mas isso não é sinônimo de melhores chances. O Corinthians por sua vez era mais preciso e não demorou para que criasse a primeira chance clara de gol mal concluída por Dentinho.
E essa acabou sendo a tônica do primeiro tempo, até que num erro de posicionamento da zaga vascaína após belo passe de Jorge Henrique, Dentinho e Souza entraram juntos e o primeiro abriu a contagem para delírio dos corinthianos. Com a vantagem do gol, o time paulista começou a comandar o jogo. O time do herói português continuava ameaçando pouco e Rodrigo Pimpão e sua velocidade se tornariam a principal arma ofensiva dos cariocas. A ausência de Carlos Alberto foi claramente sentida, o meia, apesar de temperamental tem muito talento e preocupa a marcação adversária quase a todo instante. Nem a volta de Jeférson foi capaz de suprir sua ausência.
O Vasco da primeira etapa atacava com pouca gente, defendia mal e usava pouco suas alas, deixando sempre espaço nas costas da sua dupla de zagueiros. Mudam-se os lados e a postura das equipes, e com 4' Dorival Júnior promove logo duas alterações . As entradas de Matheus e Enrico encobriram os espaços deixados no meio na etapa anterior e não demorou para que o time da cruz de malta chegasse com perigo. Aos 6' Élton perde uma chance incrível cara a cara com Felipe.
O lance parece ter acordado o time da cruz de malta que empurrado pelos mais de 72 mil presentes na noite de ontem encurralava o Corinthians em seu próprio campo. Essa situação se tornou insustentável aos 19' quando Pimpão ou William , após belo passe de Élton empurra a pelota para dentro do gol de Felipe.
A partir daí oque se viu foi o time paulista valorizando o resultado conseguido a duras penas na casa do adversário e os cariocas tentando, sem causar muito perigo a Felipe. Haveria tempo ainda para mais uma chance perdida, desta vez o corinthiano Elias (melhor do corinthians em campo) perdeu uma chance claríssima que significaria à aquela altura uma ducha de água fria nos ânimos luso-brasileiros. No fim das contas o justo aconteceu.


Ficha Técnica

Vasco (RJ) 1 x1 Corinthians (SP)

Vasco

Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton (Mateus), Léo Lima e Jeferson (Enrico); Rodrigo Pimpão (Edgar) e Elton

Técnico: Dorival Júnior

Corinthians

Felipe, Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias e Douglas; Jorge Henrique (Morais), Dentinho (Boquita) e Souza (Otacílio Neto)

Técnico: Mano Menezes

Gols: Dentinho, aos 29 minutos do primeiro tempo; Rodrigo Pimpão, aos 19 minutos do segundo tempo

Cartões amarelos: Vílson e Léo Lima (Vasco); Elias (Corinthians)

Estádio:
Maracanã Data: 27/05/2009 Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR) Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemir Hausmann (RS) Renda: R$ 1.389.015,50 Público: 68.299 pagantes









quinta-feira, 21 de maio de 2009

Hora de olhar pra frente






Internacional (RS) 2 x 1 Flamengo (RJ)

Não se deve olhar o jogo de ontem como um fracasso flamenguista. O Inter é uma ótima equipe, mas a história de ontem poderia ser escrita de maneira diferente. O ótimo jogo de ontem a noite no Beira-rio, poderia ter um desfecho favorável ao rubro-negro carioca, mas numa decisão não se pode cometer tantos erros.
Mas a história da desclassificação, não foi escrita apenas no jogo de ontem. O desperdício de boas oportunidades na partida da ida foi fator chave para a eliminação. Some-se a isso a falta de atenção do lateral-esquerdo Juan no lance do primeiro gol em conjunto com uma exibição burocrática de Léo Moura (novamente) e teremos uma boa explicação para a queda rubro-negra.
Mas vamos ao jogo. A partida começou com o time carioca se lançando ao ataque e deixando espaços, principalmente nas costas de Juan, D'alessandro tinha muito espaço e constantemente carregava a bola naquela faixa de campo.
Por outro lado Juan estava se dando melhor em seu duelo contra o lateral Danilo e por diversas vezes conseguiu bons cruzamentos, nenhum deles aproveitados. O meio do tricampeão carioca envolvia o meio do vencedor gaúcho com toques rápidos e muita movimentação. Destaque para a exibição de Íbson, melhor do Fla que deixou algumas vezes seus companheiros bem colocados para a finalização.
Entretanto, com o passar dos minutos, o Fla começava a cair na armadilha colorada. O time gaúcho se fechava atrás em 2 linhas de 4 deixando praticamente apenas o meia "el cabezon" e a dupla de ataque mais a frente.
Faltava ao time vermelho acertar o último passe. Mas a melhor chance de uma primeira etapa que parecia com cara de empate deu-se nos pé da dupla de meias flamenguistas. Íbson e Kléberson tramaram boa jogada e o último apareceu na cara de Lauro mas finalizou para fora. Quando se tinha a impressão de que o empate seria o placar justo no primeiro tempo, Juan comete uma falha imperdoável e atrasa uma bola fraca para Aírton que nada pode fazer perante a velocidade fulminante de Nilmar, que ainda avançou e cruzou nos pés de Taison que tocou no canto direito de Bruno. O placar estava inaugurado na capital gaúcha, festa para os mais de 50 mil presentes.
Não havia muito mais coisa a se fazer na primeira etapa e a chegada da segunda trouxe um panorama diferente ao jogo. O time carioca se lançou ao ataque, enquanto que o do sul esperava ansiosamente um Flamengo que apostava em tiros de longa distância, executados principalmente por Íbson.
Mas este desenho tático era mais favorável ao veloz ataque colorado que começou a ameaçar mais a meta defendida pelo ótimo goleiro Bruno. Mas há certas situações em que ou se mata ou se morre. E esse dilema levaria os cariocas ao empate, após boa jogada do incansável Íbson que lançou Kléberson pela direita cruzando na medida para Emerson (entrou no lugar de Zé Roberto) apenas ter o trabalho de completar para o fundo das redes.
O êxito do Fla foi ter resistido as investidas alvi-rubras, o erro colorado foi não ter matado o jogo. Mas mesmo virtualmente desclassificado o time dos pampas não desistiu e não se desorganizou (este talvez o maior mérito) e veio pra cima com tudo.
A bola começava a rondar muito a área carioca e em uma falta em Alecsandro, apareceu talvez a última oportunidade do saci. Andrezinho que foi revelado no time do Rio, pediu para bater e o fez da melhor maneira possível. Explosão de alegria vermelha no Rio Grande. Decepção para a maior torcida do Brasil.
O que fica da copa do Brasil para o Fla é a certeza de que não existe favorito no papel e de que o time pode fazer uma boa campanha no Brasileiro se domar seus problemas domésticos. Para o Inter, a garantia de uma semifinal que até aos 43' parecia distante das mãos do time comandado por Tite.
Resta ao Flamengo olhar pra frente e vislumbrar um ambiente conturbado com a chegada do sérvio Petkovic. Mesmo assim há de se fazer mudanças, algumas engrenagens já estão desgastadas com o tempo e convívio.




Ficha Técnica

Internacional (RS) 2 x 1 Flamengo (RJ)

Internacional

Lauro, Danilo Silva (Alecsandro), Índio, Álvaro e Kleber; Sandro, Rosinei (Glaydson), Guiñazu e D’Alessandro; Taison e Nilmar

Técnico: Tite

Flamengo

Bruno, Willians, Aírton e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Toró (Éverton Silva), Ibson, Kleberson e Juan; Zé Roberto (Emerson) (Welinton) e Obina.

Técnico: Cuca

Gols: Taison, aos 42 minutos do primeiro tempo; Emerson, aos 29 minutos, Andrezinho, aos 43 do segundo tempo

Cartões amarelos: Sandro, Rosinei, Guiñazu (Internacional); Aírton, Toró, Willians, Bruno (Flamengo)

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 20/05/2009. Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa SP). Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa SP) e Vicente Romano Neto (SP)